O sonho de muitos brasileiros é ter seu próprio negócio, e veem na franquia a possibilidade de fazer isso com mais segurança. Entretanto, é necessário muito cuidado para não cair em armadilhas na hora de comprar uma franquia.
É bem verdade que há franqueados que julgam que a franqueadora fará tudo por eles. Na verdade, espera-se que haja um trabalho em conjunto.
Para que essa parceria dê certo, é importante comprometimento de ambas as partes. O problema é quando há um desequilíbrio nessa balança, e o franqueado só vai descobrir que as coisas não correram como o prometido, depois de assinado o contrato e iniciada a operação. Por esse motivo, aqui vão as dicas para não cair em armadilhas.
8 dicas para não cair em armadilhas na hora de comprar uma franquia
Adquirir uma franquia é um passo sério. A franqueadora investiu na solidez da empresa para oferecer a outros uma boa oportunidade de negócio. O franqueado, por sua vez, deve observar alguns pontos:
1 – COF
Logo de imediato, peça a COF (Circular de Oferta de Franquia), uma espécie de resumo do contrato com informações como:
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- Histórico e apresentação da empresa;
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- Demonstrações contábeis dos dois últimos exercícios;
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- Valor do investimento e possíveis taxas;
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- Dados sobre o território: preferencial ou exclusivo;
- Contato dos franqueados atuais da rede e uma lista daqueles que saíram nos últimos 12 meses.
2 – Unidade Piloto
Toda franqueadora precisa de uma unidade piloto e tempo suficiente de existência para passar por todas as etapas pelas quais a sua unidade passará, a fim de avaliá-las e realizar os ajustes necessários.
3 – Suporte
Saiba o tipo de suporte que será oferecido:
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- Escolha do ponto;
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- Inauguração;
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- Treinamento seu e da equipe;
- Durante a operação.
4 – Visitas
Independente de o consultor levá-lo para conhecer uma unidade, depois, faça uma visita surpresa e converse abertamente com o franqueado, analisando se o negócio é viável ou não.
5 – Nome no mercado
Não se iluda com publicidade. Ter nome é uma coisa, deixar o cliente satisfeito é outra. Insatisfeito, ele procurará seu concorrente.
Há empresas que nem tão grandes são, mas têm solidez porque prezam por honestidade e transparência.
6 – Fundo de marketing
É justo e natural que a franqueadora cobre pelo fundo de marketing. Afinal, investirá em ações para que mais clientes chegue até você.
Essa taxa obrigatória geralmente fica em torno de 2% a 5% sobre o faturamento de cada unidade.
7 – Judiciário
A COF deve mencionar ações na Justiça, mas faça sua própria pesquisa. Além de buscar pela marca no site do Tribunal de Justiça, verifique se ela faz parte de uma holding (conjunto de empresas de um mesmo grupo). Assim, pesquise pelo nome da holding também.
Você pode se surpreender com o que verá, mas é a melhor forma de não cair em uma armadilha. Procure, ainda, um advogado de sua confiança que possa lhe esclarecer todas as cláusulas do contrato e saber se são abusivas ou não.
8 – Nem tudo que brilha é ouro
Muitas pessoas tendem a acreditar que o fato de uma rede possuir centenas de unidades abertas seja uma franquia boa e com sucesso garantido, mas é preciso cuidado mesmo com redes experientes. Muitas marcas, por serem grandes, não possuem, por exemplo, pontos comerciais ideais para abrir novas unidades. Muitas redes já estão nas principais praças em diversas cidades, isso pode ser um problema para quem deseja entrar na rede, pois provavelmente não ficará em um bom ponto comercial. Escolher um bom ponto leva tempo e deve ser feito cuidadosamente, muitas características devem ser levadas em consideração. O ponto, se não for bem escolhido, pode matar uma empresa, por isso, é bom analisar se realmente a marca que você deseja está lhe oferecendo um bom local para você empreender, caso contrário, analise outras marcas do segmento, às vezes é melhor investir em novas redes e chegar na sua região com algo novo, apresentar uma marca bem estruturada que tenha ar de novidade.